Arquivo para junho 2008




Mais sonhos

“(…) Mas esta noite eu sonhei

Com meus olhos

Nos seus olhos

Ouvi o som da sua voz

Dizendo que se arrependeu

Tô morrendo sim, de saudade

Me diz que a dor chegou ao fim

E você vai voltar para mim”

(“Você Vai Voltar para Mim” – Nathália)

Ok, a música é MUITO cafona. Mas é mais ou menos assim que acordei. Sonhei com o dito cujo, uma coisa meio novela dos Walcyr Carrasco, com todos vestidos em roupas dos anos 20 e ele em um terno listrado (!). Ele não dizia estar arrependido, porém, me beijava. Muito. Com uma maciez que jamais senti em ninguém (devia ser o lençol perto da minha boca… ¬¬). Enfim, ao mesmo tempo que foi muito bom, é uma droga. Porque tenho vontade de soltar a boca, de falar, de conversar, de mimar, de ter de volta e não vai mais acontecer.

Todos os dias me esforço para não falar, para evitar e seguir em frente.

Update! Sobre a maciez, o mestre Rubem Alves explica: “É o tato que dá sentido à vista. O nenezinho vê, estende seus braços, pega o objeto e o leva à boca. A boca uma dupla função. Primeira, ela suga o leite do seio da mãe. Função prática. O seio como objeto da “caixa de ferramentas”. Segunda, a boca sente a maciez deliciosa do seio. Prazer tátil. O seio como objeto da “caixa de brinquedos”. Mesmo depois que o seio seca, cessando assim sua função prática de alimentar, a criança quer continuar a sugar. Por que esse gesto inútil? Porque a sensação tátil é gostosa. Essa relação primitiva boca-seio contém toda uma teoria metafísica: o mundo é comida. Mais do que comida; o mundo é macio. É por isso que aquele que ama deseja beijar o seio da mulher amada. Parodiando Santo Agostinho: “O que é que beijo quando beijo o seio da mulher amada?” Rilke via, no rosto da amada, estrelas e constelações tranqüilas. Beijo o seio, sim, mas também uma outra coisa: um mundo que deve ter a maciez do seio. Os ursinhos de pelúcia que as crianças abraçam – e os travesseiros macios e perfumados que abraçamos – não contém eles uma lição de metafísica semelhante, uma teoria de como o mundo deveria ser? ”’

Add a comment 30 de junho de 2008

Nhoimmmmm

Foi o final de semana de ver minhas pitoquinhas mesmo. Hoje fui ver dona Kendra, que está basicamente gigante, uma lady mesmo. Estava de vestido cor-de-rosa, com os pezinhos de fora. Ai que vontade de morder!

Descobri que apesar de péssima tia (fazia três meses que não ia vê-la), nem tudo está perdido. Consegui fazê-la rir, com barulhinho e tudo! Tá certo que imitei um caminhão para isso e que toda vez que ela ameaçava chorar, apelava para este recurso. Mas só de ver aquela carinha linda sorrindo para mim, pensava que podia passar dias fazendo o som.

Não ter filhos é a parte mais triste de ser solteirona. É a parte em que me vejo realmente solitária pelo resto da vida, sem um sentido muito claro para tudo o que faço.

Vou treinar mais para ser uma tia cada vez melhor.

Add a comment 29 de junho de 2008

Infância

Fui ver a pequenininha dançar quadrilha. Tão engraçado como o tempo passou rápido. Não só no caso dela, mas em tudo.

Foi ontem que a Giugiubinha nasceu e fui com a mãe dela para o hospital. Da mesma forma que faz pouco tempo que estava em Bauru, vendo o Rock in Rio e minha mãe ligou para avisar que a caçula havia nascido. E só nesta última oração, já existem muito mais fatos do que minha cabeça é capaz de lembrar.

Olhava para os pequenos na festa, via as menininhas de bolsa e bota de saltinho, para parecerem mais “adultas” e só conseguia pensar no tanto que somos inocentes quando crianças. Eu já fui uma delas. Achava que ia ser o máximo quando minha bolsa tivesse dinheiro e documentos importantes, quando pudesse usar batom vermelho sem ninguém implicar, quando meus brincos fossem jóias e não brinquedos. Bobagem. O melhor da infância é exatamente a falta de comprometimento, de responsabilidade. Pena que só entendamos isso quando acaba…

Add a comment 28 de junho de 2008

Festa junina

Estava na quarta série do Fundamental e, como todos os anos, dançaríamos quadrilha no colégio. Era a única que não precisava usar o uniforme completo, nem tênis: tinha alergia no corpo inteiro, brotoejas para todos os lados, um horror. Minhas mãos e braços não escapavam às marcas vermelhas, deixavam-me envergonhada.

No dia de organizar os pares, a professora me colocou com um colega que estudava comigo desde o ano anterior, o Daniel. Foi ele quem me ensinou a dividir com mais de dois números, disputávamos a atenção dos professores, éramos bons alunos. Triste, cheguei perto dele:

– Olha, Daniel, sou superalérgica, estou com o braço cheio de alergia, se você não quiser dançar comigo, tudo bem. Não faço questão de dançar…

– Alergia pega?!

– Não, mas olha como fica o meu braço…

– Então, não liga. Vamos dançar assim mesmo e pode ficar tranqüila porque não me incomodo.

Dançamos. E foi uma das quadrilhas mais divertidas da minha vida.

Fui amiga do Daniel, mesmo que mais de longe, até a oitava série, quando ele mudou de escola. Mas guardei com carinho esta história, que mostra o quanto as pessoas podem ser boas e gentis. Se cruzar com algum Daniel Bernardo por aí, seja legal. Ele merece. 🙂

Add a comment 27 de junho de 2008

Observação

É engraçado pensar que antes de mim, outras pessoas já passaram por aqui. E que, por vezes, tiveram os mesmo problemas que eu, até com maior intensidade. Provavelmente, a experiência anterior me ajudou a me desgastar menos e a procurar saídas menos radicais aos problemas que aparecem…

Segue.

Add a comment 26 de junho de 2008

Nota

Na balada do trabalho em excesso. Voltamos com a programação normal tão logo a vida se ajeite…

Add a comment 25 de junho de 2008

Ó dia, ó céus…

Quem lê este blog (e, por incrível que pareça, tem bastante gente, apesar de pouquíssimos comentários… ¬¬) sabe que, vez por outra, sou obrigada a viajar a trabalho. E que sempre odeio ter que fazer isso. Não pelo trabalho em si, essa é a parte boa. Mas pelo ir e voltar. Ou tenho que ir de ônibus e pagar a viagem do meu bolso, ou tenho que pegar o carro e dirigir, ou tenho que ir com um dos fotógrafos ao volante, mas saber que se tomarmos multa, a culpa é minha, pois o carro está sob minha responsabilidade. (Não falarei sobre as viagens de avião, porque adoro voar. Essas me agradam e muito :)).

Pois bem, hoje fui para o Guarujá com um fotógrafo ao lado. O mesmo que já me deu de “presente” cinco pontos na carteria de habilitação indo para o mesmo lugar. Na ida, ok, ele pegou leve. Agora na volta… Além de me deixar sem almoço, o filho de chocadeira correu feito um imbecil, para mostrar que sabe dirigir. Ô, anta, se você soubesse dirigir, não teria perdido a carteira por excesso de pontos e tido que pagar um por fora para não ficar suspenso por um ano. Hello!

Lembrei agora de McLuhan, para variar. Ele chama o carro de noiva mecânica para os homens. Na verdade, para mim, ele deveria ser o “pau que os caras não têm”. Porque, avaliemos, o desgraçado que quase me matou do coração hoje leva uma vida que não queria, é super indefinido e, vamos lá, as mulheres estão longe de achá-lo essas coisas. Ele até é um cara bacana… Nos primeiros 30 segundos de conversa. Ou nas primeiras vezes em que sai para trabalhar com você e não abre a boca. Porque quando isso acontece, Geezus! Ele é mais chato que eu!

Então, ele precisa provar alguma coisa não muito definida para alguém, para ver se alguma doida presta atenção nele. Aí, pega um carro que não é dele, com um tremendo adesivo na frente escrito REPORTAGEM (que deixa claro que o carro não é dele… Oi? Looser!) e sai por aí correndo, quase batendo nos outros carros quando freia, andando na contra-mão só para ultrapassar os outros bobos que -oh! – param no semáforo vermelho e costurando ao máximo para não ficar para trás. E nessa corrida-maluca, quem está atrás dele? Ninguém. Porque caras assim, qualquer mulher minimamente inteligente, dispensa rapidinho. Pode até pegar em crise de carência, mas renega até a morte depois. Porque, apesar de talvez até ter o material normal, sempre vai parecer que o dito cujo do sujeito é pequeno, ou ele não precisaria ser tão idiota assim com um carro na mão.

Não tenho problemas em ser carona, pelo contrário. Como já disse, odeio dirigir. Mas prefiro não sentir que a qualquer segundo, posso estar esmagada por imperícia de um cara inseguro. Definitivamente, idade mental faz toda a diferença…

Add a comment 24 de junho de 2008

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